Agora no mês de março, estamos passando pela campanha Março Azul Marinho, no qual, é uma iniciativa de conscientização e prevenção do câncer colorretal. O objetivo é alertar a população sobre os riscos da doença e a importância do diagnóstico precoce.
Tais campanhas são extremamentes importantes para alertar a população em geral, sobre algumas doenças que podem ser diagnosticadas de forma precoce e assim, chegar num tratamento curativo. Pois sim, o câncer colorretal pode ser curado, se o paciente tiver o diagnóstico precoce.
Os Cânceres Colorretais, que incluem Câncer de Cólon, são o segundo câncer mais comum diagnosticado em homens e mulheres no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Ainda de acordo com o INCA, em 2020, cerca de 50 mil pessoas receberam o diagnóstico do câncer colorretal, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres, além de quase 20 mil óbitos por causa da doença.

Consulte seu Gastroenterologista
Dr Bernardo Galvão realizou residência de Clínica Médica nas Obras Sociais Irmã Dulce e residência de Gastroenterologia no Hospital das Clínicas de Salvador.
Já trabalho em diversos hospitais de Salvador, entre eles, o Hospital Aliança que foi considerado um dos melhores hospitais do Brasil.
Também realizou estágio durante seis meses no Hospital das Clínicas de São Paulo.
Com isso, possui vasta experiência em doenças oncológicas do trato gastrointestinal. Podendo lhe auxiliar desde o diagnóstico até seu acompanhamento regular contra esta comorbidade tão grave.

O que é o câncer colorretal?
O câncer colorretal é um tipo de tumor que afeta o cólon e o reto, partes do intestino grosso que desempenham um papel importante na absorção da água, dos sais minerais e na formação das fezes.
Esses tumores geralmente começam como lesões benignas no intestino grosso (pólipos). Se detectados precocemente, essas lesões podem ser removidas antes que se transformem em câncer. Portanto, o câncer colorretal é uma doença que pode ser prevenida, tratada e muitas vezes curada, principalmente se detectada em estágios iniciais.
A doença pode ser diagnosticada e tratada por meio de diferentes procedimentos médicos, que variam de acordo com o tipo de câncer que o paciente possui e o estadiamento de sua condição
Quais os tipos de tumores colorretais?
A maioria dos tumores colorretais são do tipo adenocarcinoma. Em 90% dos casos, esse tumor se origina a partir de um pólipo adenomatoso que, ao longo dos anos, sofre alterações progressivas em suas células. Portanto, a principal forma de prevenção do câncer colorretal é o seu rastreamento por exames como colonoscopias, visando a detecção e retirada dos pólipos antes de se degenerarem em câncer.
Outros tipos de tumores colorretais são:
- Tumores carcinoides: começam nas células do intestino que produzem hormônios específicos.
- Tumores estromais gastrointestinais (GIST): têm início em células específicas na parede do intestino, conhecidas como intersticiais de Cajal, mas podem se espalhar para qualquer parte do trato digestivo, sendo raros no cólon.
- Linfomas: afetam as células linfáticas, como é o caso dos linfonodos, mas também podem se iniciar no cólon, no reto ou em outros órgãos.
- Sarcomas: começam nos vasos sanguíneos, no tecido muscular ou conjuntivo na parede do cólon e do reto. Localizados no cólon ou no reto são raros.
Quais os fatores de risco para Câncer colorretal?
- Obesidade
- Idade maior que 45 anos
- Diabetes tipo 2
- Doença inflamatória intestinal: Retocolite ulcerativa ou Doença de Crohn
- Dieta rica em carnes vermelhas ou processadas
- Dieta pobre em fibras
- Tabagismo
- Histórico familiar de pólipos colorretais
- Sedentarismo
- Doenças hereditárias: como a polipose adenomatosa familiar (FAP), o câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC) e outras síndromes genéticas relacionadas ao câncer hereditário
Quais são os sintomas do Câncer Colorretal?
Muitas das vezes, o câncer colorretal, pode não mostrar sintomas logo no início, mas, conforme a doença avança, os sinais podem aparecer.
Na presença de algum desses sintomas abaixo, procure o gastroenterologista, para avaliação do seu caso, pois a detecção precoce desta patologia pode ser crucial para sua cura.
- Mudança nos hábitos intestinais, incluindo diarreia, constipação, ou estreitamento das fezes, que dura mais de alguns dias
- Tenesmo / Sensação de evacuação incompleta
- Sangramento retal
- Fezes escuras, ou sangue nas fezes
- Cólica ou dor de estômago persistente, sem melhora com analgésicos
- Fraqueza e fadiga
- Perda de peso involuntária
- Anemia de origem indeterminada
- Proctalgia (dor ao evacuar)

Como fazer o diagnóstico de Câncer colorretal?
Todo diagnóstico se iniciar com uma boa avaliação clínica, composto por anamnese e exame físico detalhado. Em seguida, pode ser solicitado alguns exames laboratoriais e de imagem. Os principais para diagnóstico do câncer colorretal, são:
- Pesquisa de sangue oculto nas fezes: esse exame pode ajudar a identificar sinais de sangramento no intestino
- Colonoscopia: exame no qual um tubo flexível com uma câmera é inserido pelo reto para examinar o cólon e o reto. Durante o procedimento, o(a) profissional de saúde pode identificar e até remover pequenas lesões ou pólipos
- Biópsia: exame em que uma pequena amostra de tecido é retirada de uma área suspeita, como uma lesão (pólipo) ou tumor, para ser analisada em laboratório. Isso ajuda a confirmar se a lesão é cancerígena (e o tipo do tumor) ou benigna, por meio da análise das características das células
Além desses exames, pode ser recomendado a realização de exames de imagem complementares, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e, em casos específicos, Tomografia por Emissão de Positrons (PET CT), para verificar a extensão do câncer e identificar se o tumor se espalhou para outros órgãos (metástases). Esses exames ajudam a planejar o tratamento adequado e a monitorar seus avanços.

Qual tratamento para o Câncer Colorretal?
O tratamento do câncer colorretal depende do estágio e da localização do tumor. Em geral, os tratamentos mais comuns incluem:
- Cirurgia: para remover o tumor e, se necessário, partes afetadas do intestino e pequenas estruturas próximas à região que fazem parte do sistema de defesa do corpo (linfonodos)
- Radioterapia: uso de radiação para destruir as células cancerígenas ou reduzir o tumor
- Quimioterapia: uso de medicamentos para destruir as células cancerígenas e prevenir a propagação do câncer
Para alguns tipos de câncer no intestino, é possível usar tratamentos adicionais, como terapias que atacam diretamente as células cancerígenas ou tratamentos que ajudam o sistema imunológico a combater o câncer (imunoterapia). Isso é feito principalmente quando o tumor tem características específicas.
Como evitar o Câncer colorretal?
A Sociedade Brasileira de Coloproctologia: SBCP atualmente recomenda que pessoas de risco médio comecem a triagem aos 45 anos de idade, enquanto as pessoas com histórico familiar da doença ou outros fatores de risco devem falar com seu médico sobre a triagem mais cedo.
Ou seja, se você tem algum parente de primeiro ou segundo grau que teve câncer de intestino, você deve procurar seu Gastroenterologista com brevidade para que condutas sejam tomadas.
O papel da triagem do câncer pela colonoscopia é, justamente, identificar e retirar pólipos pré malignos antes que tenham a chance de progredir para o câncer.
Os esforços das sociedades são de melhorar as taxas de triagem, informar os fatores de risco e alocar pacientes com maiores fatores de risco em programas de triagem com intervalos menores entre os exames.
Dicas para evitar o câncer colorretal
Medidas preventivas:
- Adotar dieta rica em fibras e baixa em gorduras
- Introduza alimentos ricos em cálcio e com vitaminas C, A e D
- Considere a possibilidade do uso de suplementos, se prescrito por nutricionista especializado
- Faça exames periódicos para detectar a doença precocemente
- Reduza o consumo de gorduras
- Procure manter uma média de 25 a 30 gramas de fibras/ dia, incluindo vários vegetais, farelos, grãos e frutas
- Diminua o consumo de álcool ou pare se possível
- Cesse o tabagismo
- Faça exercício físico de forma regular
- Controle o estresse
- Diminua o consumo de alimentos condimentados, defumados ou secos (charque e carne de sol)

Procure seu médico para:
- Exame para pesquisa de sangue oculto nas fezes a cada ano a partir dos 45 anos de idade
- Colonoscopia a cada 3-10 anos (dependendo dos achados) a partir dos 45 anos de idade
- Iniciar precocemente os testes se tiver algum familiar com história de câncer colorretal.
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