A doença do refluxo gastroesofágico é um problema comum que afeta uma grande parcela da população brasileira, atingindo aproximadamente 25 milhões de pessoas.
Ela ocorre quando o ácido do estômago, que normalmente deveria permanecer no seu devido lugar, acaba passando para o esôfago (o tubo que leva a comida da boca até o estômago) e com isso, ocasionar sintomas que podem impactar a qualidade de vida do paciente.

Qual médico trata a doença do refluxo?
O médico indicado para este acompanhamento é o Gastroenterologista.
Dr Bernardo Galvão já atendeu mais de 1000 pacientes com estes sintomas, melhorando muito a qualidade de vida deles e restaurando sua saúde gastrintestinal.
Dr Bernardo é especialista em Gastroenterologia pela Hospital Universitário Professor Edgard Santos, com vasta experiência em doenças do esôfago e estômago.
Agende agora sua consulta e se livre de sintomas que tanto atrapalham sua vida.

Veja a seguir o que os pacientes têm a dizer sobre Dr Bernardo.
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Qual o mecanismo para você apresentar refluxo?
Quando você come, o alimento é transportado da boca até o estômago através do esôfago, uma estrutura semelhante a um tubo que tem aproximadamente 25 centímetros de comprimento e 2,5 centímetros de largura em adultos.
Na extremidade inferior do esôfago, onde ele se conecta ao estômago, existe um anel circular de músculo denominado esfíncter esofágico inferior (EEI).
Às vezes o esfíncter esofágico inferior relaxa de forma inadequada.
Isso permite que os líquidos do estômago retornem ao esôfago.
A maioria desses episódios ocorre logo após as refeições, são breves e não causam sintomas.
Em algumas pessoas no entanto, o refluxo ácido causa sintomas incômodos ou lesões no esôfago ao longo do tempo. Quando isso acontece, é considerado Doença do refluxo gastroesofágico.

Quais os sintomas da doença do refluxo?
- Azia: queimação bem no meio do peito, atrás do osso esterno;
- Regurgitação: sensação de que o ácido do estômago está voltando para a boca;
- Dor no peito
- Disfagia: dificuldade de deglutir. Sensação de entalo
- Gosto amargo ou azedo na boca;
- Náusea/ enjoo;
- Eructação/arrotos;
- Glóbus faríngeo: sensação de ”bolo” na garganta.
- Tosse;
- Rouquidão/ laringite;
- Pigarro;
- Alteração do esmalte do dente;
- Mau hálito.
Quando procurar o Gastroenterologista?
A dor no peito que pode ser um sintoma da Doença do Refluxo, pode também acometer pacientes com outras doenças, como as doenças cardíacas/coronarianas. Com isso, se você sentir dor no peito de forte intensidade que migra para mandíbula e/ou braço esquerdo ou direito, você deve procurar ajuda médica imediatamente.
Sabemos que os sintomas do refluxo, em algumas vezes, podem incomodar bastante. Se você tem estes sintomas de forma corriqueira, marque uma consulta com Dr Bernardo Galvão para lhe ajudar a ter melhor qualidade de vida.
Quais são os fatores de risco para doença do Refluxo?
- Hérnia de hiato – Esta é uma condição na qual a parte superior do estômago sobe através do diafragma.
- Obesidade
- Gravidez
- Fatores de estilo de vida: alimentos gordurosos / Sedentarismo / Estresse
- Abuso de álcool
- Tabagismo
- Medicamentos

Como diagnosticar a doença do refluxo?
A doença do refluxo é diagnosticada com base em anamnese e exame físico minucioso. Podemos também solicitar alguns exames, quando necessário. Estes exames são:
- Endoscopia digestiva alta;
- pHmetria esofágica de 24 horas;
- ImpedanciopHmetria.
O ácido do estômago que sobe para o esôfago pode levar a pequenas feridas (que chamamos de erosão) no esôfago. Neste caso, a endoscopia pode ver o que chamamos de esofagite erosiva.
Geralmente classificamos a esofagite erosiva em graus de Los Angeles, que vão de grau A (mais leve) a grau D (mais grave). Outra classificação usada é a de Savary-Miller, que vai de grau I a grau V.
Nem todos os pacientes precisam fazer a endoscopia se os sintomas foram muito típicos e o paciente não apresentar sinais de alarme, como: disfagia, perda de peso inexplicada, anemia, idade avançada, sangramentos.
Nestes casos, o médico e o paciente podem decidir juntos tratar o quadro como refluxo (com remédios e outras medidas comportamentais) e deixar a endoscopia para caso o tratamento não resolva ou se o paciente evoluir com alguma sinal de alarme.
Algumas vezes a endoscopia não é capaz de dar o diagnóstico de refluxo. Nestes casos, o paciente pode precisar de um exame chamado pHmetria esofágica de 24h (ou impedanciopHmetria), que é o melhor exame para diagnóstico de refluxo.

Como funciona a pHmetria esofágica?
Na pHmetria esofágica, é passada uma sonda pelo nariz até o esôfago, que fica por 24h medindo o pH do órgão, enquanto o paciente anota os sintomas que apresentar durante o exame (ex. às 9h senti queimação/azia/regurgitação).
Este exame é um pouco incômodo pelo fato de o paciente precisar sair na rua (para a faculdade, para o trabalho, para o shopping) com a sonda no nariz, mas não é doloroso.
O paciente deve manter suas atividades e alimentações normais para que o exame seja totalmente fidedigno.
Qual tratamento para doença do refluxo?
O tratamento do refluxo envolve o uso de medicamentos que controlam a doença, mas é importante ressaltar que eles não a curam.
O tratamento da DRGE é ajustado para corresponder à frequência e gravidade dos sintomas, bem como à existência de complicações.
Os principais medicamentos são aqueles que inibem a produção de ácido pelo estômago (os “prazois” ou inibidores da bomba de prótons).
Além do tratamento com remédios, o tratamento do refluxo envolve modificação do comportamento e estilo de vida do paciente, principalmente da alimentação, e emagrecimento caso necessário.
Quais medidas devo fazer para melhorar o refluxo?
- Evitar deitar 2-3h após comer ou beber água;
- Fracionar a sua dieta, ou seja, evitar comer grandes quantidades de uma só vez;
- Não beber líquidos durante a refeição;
- Mastigar bem os alimentos durante a refeição;
- Praticar exercício físico de forma regular;
- Praticar a meditação;
- Controle do estresse – a terapia comportamental pode auxiliar bastante os pacientes mais ansiosos;
- Perder peso;
- Elevar a cabeceira da cama, principalmente se você tiver muitas queixas noturnas;
- Cessar tabagismo e alcoolismo;
- Identificar quais são os alimentos gatilhos e evitá-los;

O que não posso comer tendo refluxo?
O que eu oriento a todos os pacientes é que eles identifiquem os alimentos que causam sintomas e assim, passem a evitá-los.
Cada paciente é único, com suas individualidades, o tratamento e as orientações também devem ser individualizadas. Não existe uma receita de bolo nestes tratamentos.
De uma forma geral, os alimentos que mais podem causar desconforto e sintomas, são:
- Frituras, gorduras;
- Alimentos ácidos (molho de tomate, sucos e frutas azedas, como laranja, limão, abacaxi, cajá…);
- Alimentos muito condimentados (cominho, cebola, alho em excesso);
- Pimenta;
- Menta/ hortelã;
- Refrigerantes e água com gás;
- Bebiba alcoólicas;
- Chocolate.
- Café, guaraná e energéticos.
Qual a importância do acompanhamento multidisciplinar no meu tratamento?
Essa é uma questão chave no acompanhamento de todo paciente com doença do refluxo gastroesofágico. Na verdade, o acompanhamento multidisciplinar na condução dos pacientes com refluxo e outras doenças gastrintestinais é de suma importância.
A nutricionista irá te avaliar e fazer uma dieta especializada para o paciente. Evitando sempre os alimentos gatilhos, para assim, o paciente não cursar com sintomas.
Alguns pacientes, cursam com muita ansiedade e isso também vai agravar seus sintomas clínicos. Nesse momento, entra a indicação do acompanhamento com psicólogo (a). Visando assim redução do estresse e, consequentemente, redução dos sintomas clínicos.
Alguns pacientes podem necessitar de medicamentos para ansiedade também, tudo visando controle dos sintomas e melhor qualidade de vida.
Quando fazer cirurgia para o refluxo?
Alguns poucos pacientes podem precisar fazer a cirurgia antirefluxo, em que é feita uma válvula artificial em torno do esôfago, onde a válvula natural não está conseguindo funcionar.
O nome da cirurgia é fundoplicatura e geralmente é feita por vídeo.
Outros pacientes que podem se beneficiar da cirurgia são aqueles com hérnia de hiato.
Vale ressaltar que mesmo com a cirurgia, alguns pacientes podem voltar a ter sintomas de refluxo.
Quais as possíveis complicações da Doença do Refluxo?
A maioria das pessoas com DRGE não desenvolverá complicações graves, especialmente se receberem tratamento e acompanhamento regular com seu Gastroenterologista.
No entanto, às vezes podem ocorrer complicações potencialmente severas.
- Esofagite erosiva;
- Estenose esofágica;
- Esôfago de Barrett.
O que é esôfago de Barret?
A doença do refluxo tem como complicação principal o esôfago de Barrett, que é quando as células do final do esôfago, devido à exposição ao ácido do estômago, se modificam e ficam parecidas com as células do intestino.
Esta complicação é rara, mas toda vez que as células se modificam, há um risco de gerarem um câncer. O esôfago de Barrett não é um câncer, mas uma lesão que pode virar um câncer de esôfago.
Na endoscopia, o médico pode ver uma área de cor salmão no esôfago, que deve ser biopsiada. Apesar de sugerir o esôfago de Barrett, o endoscopista não pode dar este diagnóstico, que só pode ser feito pela biópsia.
Os pacientes com esôfago de Barrett devem ser tratados para doença do refluxo e, a depender da biópsia, é necessário repetir a endoscopia em 6 meses a 1 ano ou realizar a retirada da mucosa (com terapia endoscópica ou cirurgia).
Conclusão
A doença do refluxo gastroesofágico é uma condição muito comum que pode causar desconforto e complicações se não for tratada adequadamente.
É importante reconhecer os sintomas precocemente e buscar orientação médica especializada.
Com diagnóstico e tratamento adequados, é possível gerenciar os sintomas e evitar complicações mais graves.
Agende uma consulta hoje mesmo e dê o primeiro passo para aliviar seu desconforto e retomar seu bem-estar!

Fontes:
American Gastroenterology Association
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